sábado, 17 de novembro de 2007

A espera...

















Abriu os olhos, olhou p/ o teto desenhado pelas formas da luz que escapava pela luminária empoeirada e disse p/ si: hoje não. Um silêncio a tomava enquanto brincava de desenhar no vácuo acompanhando os desenhos na madeira de tinta amarelada do forro, cansou, então seguiu a rotina de contar tudo a sua volta antes de se levantar, - sim o forro ainda tem a mesma quantidade de madeira, os tacos de madeira do chão ainda continuam ali -apaga a luz e continua por mais alguns minutos na cama só observando as frestas de luz que entra pela veneziana semi aberta, escuta os arranhões na porta e espera que entre, entrou como se caminhasse em nuvens sem nenhum barulho, chegou perto da cama sentou-se ao lado e apenas fez “miau” foi correspondido a altura, ali ficaram por longos minutos a espera da coragem para que tudo não se repetisse novamente como antes.

Um comentário:

schadenfreude disse...

certas coisas sempre continuam,a madeira a cor a dor,por pouco tempo,o suficiente para ser gravada na memória,como tudo na vida,sinal que valeu a pena,para lembrar se até o dia da morte.